segunda-feira, junho 26, 2006

Sempre

Como se
os nossos corpos rebolassem
num colchão de palavras
, nadei nos conceitos que me sussurraste ao ouvido,
nas frases soltas
que tomaram forma afirmativa
do meu e do teu ser!
Gemi as exclamativas frases
que me arrancaste do fundo do peito...
Amei-te num futuro
mais-que-perfeito!
Bani dos meus horizontes !
o modo condicional do verbo sentir
e usei o gerundio do gosto de sorrir...
Num complemento circunstâncial de modo...
Amei-te!
No circunstâncial de lugar
fiquei à espera
que o circunstâncial de tempo
fosse um segundo...
do tamanho do mundo!
Antes do amo
coloquei um pronome pessoal
e a seguir um reflexo
e vi que tinha nexo
o que acabei de te dizer!
então do campo lexical de tempo...
Sob a forma determinante da interrogativa
e surgiu o quando?
logo seguido da verbalização angustiada do amanhã?
Apenas te respondi
no modo docemente circunstancial
com a única temporal que eu senti:
Sempre!